sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Notícia do dia: Nas Montanhas da Loucura
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Vídeo da semana: 500 Dias Com Ela
Crítica: Par Perfeito
Por Miguel Moura
26/08/2010
Ashton Kutcher e Katherine Heigl interpretam dois jovens que se conhecem em Nice. Mas o que Jen (Heigl) não sabe é que seu novo flerte é na verdade um assassino do governo americano em missão na França. A partir daí a aparente comédia romântica se transforma em um mix de filme de comédia e aventura com toques de espionagem. Algo muito comum na segunda metade dessa década vide obras como Sr e Sra Smith e o recente Encontro Explosivo.
O problema maior de Par Perfeito (Killers, 2010) é tentar emular dezenas, não, centenas de outras obras e ser inferior a praticamente todas elas. E, sejamos claros, o padrão não é tão alto assim já que as obras mencionadas no parágrafo anterior estão longe de representar o maior nível de cinema. O plot em si, já é de uma obviedade irritante mas assim são 90% dos filmes lançados em Hollywood, o pior é ser extremamente auto indulgente e não contar com nenhuma cena empolgante ou engraçada que seja durante toda sua duração. Christopher Nolan provou com seu Inception que você pode subverter os clichês e transformar formulas pré existentes em filmes inventivos e porque não, geniais.
Contudo, comparar um cineasta como Nolan ao diretor do filme Robert Luketic é um exercício besta da minha parte já que esse diretor ainda não foi capaz de conceber UM filme acima da média que seja, cometendo uma bomba atrás da outra. Aqui ele volta a demonstrar sua total falta de habilidade nas cenas de ação (coisa que ele já havia demonstrado em Quebrando a Banca) e sua incapacidade de conferir emoção às cenas tensas. Tudo parecer terrivelmente encenado e falso o que, obviamente, prejudica e muito o filme do australiano Luketic.
O único resquício de cinema de qualidade da obra reside no carisma de Kutcher. E veja bem, não estou falando de nenhuma atuação genial, mas só o fato de convencer como herói de ação, o ex- apresentador do programa de pegadinhas Punkd já faz melhor que todo elenco. Principalmente melhor que sua co-protagonista que parece estar se especializando em fazer bombas. A última, alias, junto com o diretor dessa nova bomba (A verdade nua e crua, 2009). Fuja... De ambos!
*texto cedido pelo almanaquevirtual.com.br
sábado, 19 de junho de 2010
Príncipe da Pérsia
domingo, 2 de maio de 2010
Vídeo da semana: O segredo dos seus olhos
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Um sonho possível
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Notícia do dia: Baywatch
terça-feira, 30 de março de 2010
Vídeo da semana: Knight and day
Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: O livro de Eli
segunda-feira, 29 de março de 2010
Crítica: O caçador
Por Miguel Moura
07/10/2009
O cinema oriental é mesmo fascinante. Nenhuma escola de cinema forma cineastas com tamanho apuro visual quanto os orientais; é impressionante constatar como apesar de diferentes países e nomes, a qualidade se mantém. O cinema chinês, por exemplo, é responsável pelo que talvez seja o maior diretor de filmes de ação existente, -John Woo- cujas cenas em câmera lenta, perfeitamente orquestradas servem de inspiração/cópia até hoje. Da china veio também o genial Ang Lee; já o Japão é casa de um dos maiores gênios do século 20 -Akira Kurosawa, para ficar em apenas alguns exemplos. O cinema coreano demorou a se firmar internacionalmente, no entanto, nos anos 2000 obras geniais de diferentes gêneros ("Oldboy" e "O Hospedeiro" para citar alguns) conquistaram o mundo e consolidaram a Coréia do Sul como mais um celeiro de grandes obras.
O Caçador (The Chaser , 2008) é um desses exemplos de magnitude do cinema advindo do oriente. A obra narra à história de Joong-Ho, um ex-detetive e agora cafetão, que se vê afundado em dividas ao passo que suas "meninas" estão desaparecendo misteriosamente. Mi-jin, uma das únicas que sobraram, também desaparece após um programa, o que leve Ho a perceber uma ligação entre os sumiços. Todas as meninas desaparecidas atenderam ao mesmo homem. Sabendo disso, o cafetão vai atrás de sua empregada, e consegue capturar o culpado. Contudo, Ho e a policia não conseguem encontrar o local dos crimes, nem provais cabais, apesar da confissão do assassino. O diretor Hong-jin Na cria a partir das 12 horas de retenção sem mandado do prisioneiro, um tenso e bizarramente bem humorado policial.
O humor peculiar da obra advém principalmente da força motriz do longa: a violência. Seja ela emocional ou física (especialmente essa) estilizada ou crua, os exageros do protagonista aliada à irreverência do psicopata e primordialmente a brutal incompetência da policia coreana (pintada aqui, como sendo possivelmente a pior do mundo) fazem rir como poucas comedias em cartaz. Primeiramente, podendo parecer involuntário, a busca pelo humor é claramente percebido nas cenas passadas na delegacia (como não podia deixar de ser) que exibem um timing cômico perfeito. Muitas vezes, Hong-jin procura enquadrar feições e reações típicas do cinema de humor e inclui até uma hilária sub-trama envolvendo o prefeito de Seul.
Muito da força de O Caçador (titulo presente nas cópias exibidas no festival) reside em seu protagonista, um sujeito violento por natureza, mas que nem por isso deixa de demonstrar seguidamente sua humanidade - a relação com a pequena filha de Min Jee escancara bem toda a complexidade do personagem- e busca quase que irracionalmente sua protegida, botando em risco até mesmo sua vida e liberdade em prol dessa caçada. Não se pode deixar de ressaltar também o inspirado trabalho de Jung-woo Ha como o psicopata Young-min Jee, alternando momentos de puro sadismo com uma insanidade quase juvenil.
Apesar de ter seu ultimo ato enfraquecido por coincidências absurdas, The Chaser funciona bem como um policial tenso, otimamente como aventura bem humorada e brilhantemente como sátira a um sistema policial falho. Tudo isso aliado a uma direção energética que nunca perde de vista as emoções de seus personagens, e uma montagem vigorosa, tornam a produção mais um belo exemplar do cinema oriental, que também é responsável por outras perolas neste festival como "Ainda a Caminhar" e "Sede de Sangue". É rezar para Hollywood não descobrir também o gênero policial, pois o terror já foi devidamente profanado.
*texto originalmente publicado no site almanaque virtual.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Vídeo da semana: Guerra ao Terror
sábado, 13 de março de 2010
Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: Ps: eu te amo
Pós Oscar
domingo, 7 de março de 2010
Dia de Oscar
"Avatar"
"Guerra ao terror"
"Preciosa"
"Up – Altas aventuras"
"Bastardos inglórios"
"Um sonho possível"
"Amor sem escalas"
"Distrito 9"
"Educação"
"Um homem sério"
Ator
George Clooney, "Amor sem escalas"
Jeff Bridges, "Coração louco"
Colin Firth, "A Single Man"
Morgan Freeman, "Invictus"
Jeremy Renner, "Guerra ao terror"
Atriz
Meryl Streep, "Julie & Julia"
Sandra Bullock, "Um sonho possível"
Gabourey Sidibe, "Preciosa"
Helen Mirren, "The Last Station"
Carey Mulligan, "Educação"
Ator coadjuvante
Matt Damon, "Invictus"
Woody Harrelson, "The Messenger"
Christopher Plummer, "The Last Station"
Stanley Tucci, "Um olhar do paraíso"
Christoph Waltz, "Bastardos inglórios"
Atriz coadjuvante
Vera Farmiga, "Amor sem escalas"
Mo'Nique, "Preciosa"
Anna Kendrick, "Amor sem escalas"
Penelope Cruz, "Nine"
Maggie Gyllenhaal, "Coração louco"
Diretor
Quentin Tarantino, "Bastardos inglórios"
Kathryn Bigelow, "Guerra ao horror"
James Cameron, "Avatar"
Lee Daniels, "Preciosa"
Jason Reitman, "Amor sem escalas"
Melhor animação
"Up – Altas aventuras"
"Coraline"
"O fantástico Sr. Raposo"
"A princesa e o sapo"
"O segredo de Kells"
Melhor roteiro original
"Guerra ao Terror"
"Bastardos inglórios"
"O Mensageiro"
"Um homem sério"
"Up – Altas Aventuras"
Melhor roteiro adaptado
"Distrito 9"
"Educação"
"In the Loop"
"Preciosa"
"Amor sem escala"
Melhor filme estrangeiro
"Ajami"
"El Secreto de Sus Ojos"
"The Milk of Sorrow"
"Un Prophète"
"A fita branca"
Melhor edição de filme
"Avatar"
"Distrito 9"
"Guerra ao terror"
"Bastardos inglórios"
"Preciosa"
Direção de arte
"Avatar"
"O mundo imaginário do Dr. Parnassus"
"Nine"
"Sherlock Holmes"
"The Young Victoria"
Cinematografia (Fotografia)
"Avatar"
"Harry Potter e o enigma do príncipe"
"Guerra ao Horror"
"Bastardos inglórios"
"A fita Branca”
Melhor figurino
"Bright Star"
"Coco antes de Chanel"
"O mundo imaginário do Dr. Parnassus"
"Nine"
"The Young Victoria"
Documentário
"Burma VJ"
"The Cove"
"Food, Inc."
"The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers"
"Which Way Home"
Documentário de Curta-metragem
"China's Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province"
"The Last Campaign of Governor Booth Gardner"
"The Last Truck: Closing of a GM Plant"
"Music by Prudence"
"Rabbit à la Berlin"
Melhor maquiagem
"Il Divo"
"Star Trek"
"The Young Victoria"
Melhor trilha sonora
"Avatar"
"O fantástico Sr. Raposo"
"Guerra ao terror"
"Sherlock Holmes"
"Up – Altas aventuras"
Melhor música
"Almost There" de "A princesa e o sapo"
"Down in New Orleans" de "A princesa e o sapo"
"Loin de Paname" de "Paris 36"
"Take it All" de "Nine"
"The Weary Kind (Theme from "Crazy Heart") de "Coração louco"
Curta-metragem de animação
"French Toast"
"Granny O'Grimm's Sleeping Beauty"
"The Lady and the Reaper"
"Logorama"
"A Matter of Loaf and Death
Curta-Metragem
"The Door"
"Instead of Abracadabra"
"Kavi"
"Miracle Fish"
"The New Tenants"
Edição de som
"Avatar"
"Guerra ao Terror"
"Bastardos inglórios"
"Star Trek"
"Up – Altas Aventuras"
Mixagem de som
"Avatar"
"Guerra ao Terror"
"Bastardos inglórios"
"Star Trek"
"Transformers: A vingança dos derrotados"
Melhores efeitos visuais
"Avatar"
"Distrito 9"
"Star Trek"
sábado, 6 de março de 2010
Crítica: Tá chovendo Hamburguer
quarta-feira, 3 de março de 2010
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Fim da Escuridão
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Vídeo da semana: Máquina Mortífera 2
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Uma luta importante: direitos autorais
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Vídeo da semana: 8 1/2
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Crônica: um diálogo singelo entre duas obras vistas por uma mente sofismática
Momentos após o término da sessão de Onde vivem os monstros, me veio à cabeça, quase que inconscientemente, outro filme, Na natureza selvagem, de Sean Penn. A princípio, não pude compreender inteiramente a razão dessa correlação feita pelo meu inconsciente. Simploriamente, pensei no título de ambas as obras, que possuem a palavra “wild” (selvagem - em inglês), mas logo me atentei para o fato de que era muito mais do que isso; logo percebi que minha mente tinha entendido e compreendido ligações que, no primeiro momento, ignorei. Com a reflexão, foi possível que houvesse um encontro freudiano entre meu inconsciente, meu sub-consciente e meu consciente desatento. A partir desse encontro, ficou claro e beirando o óbvio que o paralelismo entre as obras se estendia a muito além do título (tanto assim que um caro amigo acabou por pensar na mesma relação). Trata-se, na verdade, de um diálogo intenso entre ambos, que diz respeito ao tema, à narrativa, ao inconsciente (olha ele aí de novo), à filosofia e, até mesmo, ao caráter catártico dos filmes dirigidos por Spike Jonze e Sean Penn.
Comecemos, portanto, a pensar nos dois personagens principais. Christopher McCandless, protagonista de Na natureza selvagem – interpretado por Emile Hirsh – é um dínamo, um promissor estudante e atleta que, ao se formar, contrariando seus pais e toda uma sociedade a sua volta, resolve largar sua vida já planejada por terceiros e tomar outros rumos. Um rumo em direção ao selvagem. Chris não quer saber da matéria e faz questão de dizer isso a seus pais quando recusa um carro novo. Chris não acredita na sociedade que o cerca, ele recusa a humanidade, mas é o mais sincero dos homens. Chris não está em busca de uma nova vida, e sim de vida; busca na natureza o que não encontrou nos homens, busca um conhecimento pessoal e espiritual que a poluição da cidade não o permite. Chris quer viver, quer se libertar, quer experimentar o mundo, porque acredita que assim é feita a alma de um homem, de novas experiências. Chris, assim como Tolstoy, não acredita na razão e não pretende a redenção, ele quer apenas ser.
Max é uma criança e, assim como todas, é cheio de dúvidas e, principalmente, de perguntas. Max tem problemas comuns; uma mãe separada, que, apesar de seu amor incondicional, não pode dar-lhe a atenção que deseja, muito menos sua irmã adolescente, que pouco quer saber de seus problemas “infantis”. Max quer atenção, quer brincar, se divertir, tudo que toda criança quer. Da solidão vem a imaginação, e, a partir daí, aparecem todas as simbologias de seus medos. Em uma noite de desentendimento com sua mãe, Max vai parar dentro de si, do seu mundo, que na sua cabeça se resume a monstros, monstros esses que bem metaforizam aspectos de sua vida. Max não quer autoconhecimento, e nem poderia, já que não deve nem saber o significado da expressão. Max quer fugir e na terra dos monstros é onde ele quer estar. Mas mesmo que fuja, ele não pode fugir dele mesmo, de suas angústias e dúvidas, porque essas o perseguem, mesmo que em forma de monstros.
A selva de Chris é o mundo dos monstros de Max, é onde ambos desejam estar. A busca pelo norte do estudante é a busca por qualquer lugar seguro para o pequeno Max. Christopher busca experiências; Max, segurança. São objetivos que não podiam ser mais contrastantes, porém, ao mesmo tempo, ambos querem fugir, querem ser livres, seja para brincar seja para viver. Eles dialogam pela busca de seu El Dorado pessoal. Os dois veem na fuga uma forma de lidarem com seus próprios sentimentos e incertezas. Max busca um porto-seguro e, não por acaso, seus monstros amigos dormem em montinhos, como se fossem fortes, como aqueles que tanto gosta de construir; Chris, por sua vez, quer o desconforto, o total desapego às coisas que o confortaram durante toda sua vida, e também, não por acaso, busca a floresta, o desconhecido, que lhe traz instantaneamente a apreensão, o medo daquilo que não se conhece. No entanto, assim como Max, que encontra nos monstros pedaços de sua própria vida (Carol, tem um quê da autoridade de sua mãe, mas também do seu próprio ciúme; KW resume bem um sentimento maternal de proteção e afago e até mesmo um lado fraternal de sua irmã, por costumeiramente abandonar a família e buscar abrigo com seus amigos; e até aquele que nunca é ouvido, representa bem um aspecto da solidão do próprio Max, e assim por diante), Chris encontra ao longo do caminho figuras que inevitavelmente remetem à sua vida, como Jan (interpretada por Catherine Keener), que em certo momento de sua jornada exerce o papel acolhedor de mãe, dando-lhe conselhos e carinho; como o sofrido Ron, que talvez tenha sido seu grande amigo, mas que, em muitos momentos, assume uma figura paterna na preocupação que tem e autoridade que exerce durante o tempo em que convivem. Ou mesmo a adolescente Tracy (papel de Kristen Stewart) que, apesar das investidas românticas, não consegue fazer com que Chris a veja somente como mulher e, no momento em que fica sabendo sua real idade, instintivamente a associa à sua irmã mais nova. Fica claro, portanto, que a fuga de ambos dialoga desde o início, seja se relacionando diretamente seja em uma dicotomia aparente.
É interessante analisar, também, a alcunha que Christopher assume para suas aventuras, Alexander Supertramp, algo muito comum na infância, quando nos damos nomes ou assumimos outra personalidade simplesmente para nos sentirmos menos carne e osso, menos frágeis e mais poderosos. Supertramp é uma maneira que Chris encontrou para, além de esquecer seu passado, enfrentar as diversas dificuldades que a natureza lhe impõe. Já Max não hesita em se autoafirmar rei, quando perguntado. Max vê na suposta ingenuidade de seus monstros, a oportunidade ser mais forte, mais poderoso, e, por conseguinte, mais livre. Chris e Max assumem personagens que os ajudam a combater seus anseios e a lidarem com suas dúvidas, ambos utilizam o poder do novo, do ser desconhecido para se libertarem das amarras que os prendem, sejam pais relapsos sejam medos pueris.
Ambas as obras contam com diretores que não seguem a cartilha do “mainstream”. São pensadores, homens que sabem o que contar e como contar. Tanto a obra de Jonze como de Penn narram jornadas, mas valorizam o personagem. São espécies diferentes de “road-movies”, que buscam desconstruir o ser e usam o caminho como um meio e não um fim para fazê-lo. Têm a exata noção de que o importante não é o caminho e sim quem o caminha. Jonze utiliza a câmera na mão para narrar a trajetória de Max como um retrato real, mas foge da mesmice imediatista, carregando a narrativa de contemplação e metáforas sentimentais. Sempre distante, no entanto, do sentimentalismo barato. Penn adere a travellings e a planos panorâmicos para ressaltar a grandiosidade e imponência da mãe natureza, anunciando os desafios e perigos que Chris enfrentará. Lembrando em muito Homem-urso de Herzog, o ator-diretor e seu fotógrafo utilizam paletas de cores que dão ao filme um ar documental que não poderia ser mais inerente à trama, fazendo, assim, com que mergulhemos ainda mais na história e nos sintamos imersos naquela selvagem natureza.
É peculiar perceber algumas escolhas dos dois cineastas (e que alimentou ainda mais meu desejo de pensá-los uniformemente) como, por exemplo, deixar a cargo de um músico à margem do cinema, e não de um compositor especializado, a trilha sonora de seus filmes. A escolha de Karen O (Onde vivem os monstros) e Eddie Vedder (Na natureza selvagem) não podia ser mais orgânica aos filmes, pois, em ambos os casos, sintetizam de forma brilhante as duas narrativas. Nenhuma palavra traduz melhor o filme de Spike Jonze do que a música “All is Love” ou a linda “Hard Sun” no caso da obra de Sean Penn. Percebe-se, ainda, uma livre utilização do material de fonte (o livro infantil de poucas páginas de Sendak de Onde vivem... E a biografia escrita por Jon Krakauer de Na natureza...) para contar histórias sob seus olhos, sendo fiel ao espírito e aos temas das origens, mas criando um mundo novo a partir das mesmas.
A câmera que sai do trailer de Christopher McCandless rumo aos céus é a mesma que assiste, impassível, a volta para casa de Max em seu barquinho. Sabemos que ali encerra-se uma jornada, mas que tudo que havia para ser vivido, foi. Sabemos que o Max que adentrou aonde vivem os monstros não é mesmo que saiu, muito menos Chris morre como o mesmo que enfrentou a natureza selvagem pela primeira vez. Eles se tornaram heróis e reis durante suas caminhadas, para no fim descobrirem a si mesmos e às suas naturezas, sejam elas selvagens ou monstruosas.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Amor sem escalas
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Notícia do dia: Reboot de Sr. e Sra. Smith
Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: Substitutos
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Guerra ao terror
Portanto, é plenamente justificável o bafafá em torno de The Hurt Locker (algo como o armário da dor, fazendo alusão à roupa utilizada no trabalho do esquadrão antibomba), e recomendável que todos assistam, de preferência no cinema, apesar de já estar há longos meses nas locadoras, devido a uma jogada de marketing pífia dos distribuidores brasileiros.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: Matrix Reloaded
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Vídeo da semana: From Paris with love
Quote do dia: O Lutador
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Quote do dia: Na natureza selvagem
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: Ninja Assassino
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: indicações ao Oscar
Nas categorias restantes, pequenas surpresas, se é que podem ser chamadas assim, como a não inclusão de Mélanie Laurent de Bastardos Inglórios na categoria de atriz coadjuvante.
Fico na reclamação, é claro, pela inclusão da nossa amiga Sandra Bullock - provável ganhadora - e da falta de inúmeros filmes na imensa lista de melhor filme. Para citar, fico com dois: Onde Vivem os Monstros (nenhuma indicação???) e Star Trek, anos luz melhor filme e melhor ficção que o superestimado Distrito 9.
De resto, é comemorar a vitória certa do "dude" Jeff Bridges e fazer uma mandinga séria para Bullock não levar. Sou Meryl Streep desde pequeno.
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Gran Torino
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Notícia do dia: prequel da franquia Bourne
Opinião: com a saída de seus dois alicerces da produção, os executivos da Universal têm apenas duas opções para não perder sua mina de ouro: um reboot ou uma pré-sequência. Em ambos os casos, não há nenhuma continuidade com a série ou respeito ao livros de Robert Ludlum, são apenas meios para se fazer dinheiro o mais rápido possível, aproveitando enquanto a série ainda está fresca na memória dos consumidores. Uma pena, já que a trilogia Bourne se consolidou com uma das séries de espionagem mais respeitadas do cinema, influenciando, inclusive, um primo mais velho e famoso - James Bond.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Quote do dia: Harry e Sally
Depois de Sally fingir orgasmo para provar seu argumento, a senhora do lado lança uma pérola:
sábado, 30 de janeiro de 2010
Vídeo da semana: Zumbieland
Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Onde vivem os monstros
contemporâneas contada com a devida carga de lirismo e contemplação. Sem dúvidas, um dos melhores filmes desse ano que recém começou. Merecedor inclusive de uma crônica/resenha que está por vir neste mesmo blog.