quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vídeo da semana: Máquina Mortífera 2


O vídeo da semana é uma cena espetacular, tão emocionante quanto engraçada acerca da dupla de policiais mais famosa do cinema: Martin Riggs (Mel Gibson) e Roger Murtaugh (Danny Glover). Na sequência do filme de 87 a dupla mostra todo seu entrosamento nessa cena que beira o tragicômico.






Miguel Moura



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma luta importante: direitos autorais


É sempre válido frisar a importância de se credenciar textos e dar o devido crédito a um material veiculado aonde quer que seja. É muito comum vermos em todos os tipos de mídia, uma apropriação indevida de textos alheios. Todos que trabalhamos merecemos reconhecimento e com jornalistas não é diferente. O jornalista Pablo Villaça é um defensor da causa, que infelizmente atinge tantos profissionais do ramo. Segue então um post do blog pessoal desse jornalista, que, claro, foi consultado sobre a possibilidade de ser mencionado por este blogueiro que vos escreve. Como deve ser feito, e deveria ser o usual.

http://www.cinemaemcena.com.br/pv/BlogPablo/post/2010/02/04/A-nao-mais-solitaria-luta-de-Pablo-Villaca-pelos-direitos-autorais.aspx


Miguel Moura


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vídeo da semana: 8 1/2


Nine chegou aos cinemas carregado de expectativas. Não as cumpriu. Boa parte da expectativa foi gerada pelo genial filme original de Fellini. Um de seus melhores filmes e um dos maiores clássicos do cinema, Otto e mezzo possui cenas antológicas. A escolhida aqui é a emblemática cena de abertura em que o diretor italiano desfila sua elegante câmera por um estranho sonho do personagem interpretado por Marcello Mastroianni. Genial.





quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Crônica: um diálogo singelo entre duas obras vistas por uma mente sofismática


Primeira crônica desse blog - uma análise abordando dois de meus filmes favoritos: Na natureza selvagem e Onde vivem os monstros.


Momentos após o término da sessão de Onde vivem os monstros, me veio à cabeça, quase que inconscientemente, outro filme, Na natureza selvagem, de Sean Penn. A princípio, não pude compreender inteiramente a razão dessa correlação feita pelo meu inconsciente. Simploriamente, pensei no título de ambas as obras, que possuem a palavra “wild” (selvagem - em inglês), mas logo me atentei para o fato de que era muito mais do que isso; logo percebi que minha mente tinha entendido e compreendido ligações que, no primeiro momento, ignorei. Com a reflexão, foi possível que houvesse um encontro freudiano entre meu inconsciente, meu sub-consciente e meu consciente desatento. A partir desse encontro, ficou claro e beirando o óbvio que o paralelismo entre as obras se estendia a muito além do título (tanto assim que um caro amigo acabou por pensar na mesma relação). Trata-se, na verdade, de um diálogo intenso entre ambos, que diz respeito ao tema, à narrativa, ao inconsciente (olha ele aí de novo), à filosofia e, até mesmo, ao caráter catártico dos filmes dirigidos por Spike Jonze e Sean Penn.

Comecemos, portanto, a pensar nos dois personagens principais. Christopher McCandless, protagonista de Na natureza selvagem – interpretado por Emile Hirsh – é um dínamo, um promissor estudante e atleta que, ao se formar, contrariando seus pais e toda uma sociedade a sua volta, resolve largar sua vida já planejada por terceiros e tomar outros rumos. Um rumo em direção ao selvagem. Chris não quer saber da matéria e faz questão de dizer isso a seus pais quando recusa um carro novo. Chris não acredita na sociedade que o cerca, ele recusa a humanidade, mas é o mais sincero dos homens. Chris não está em busca de uma nova vida, e sim de vida; busca na natureza o que não encontrou nos homens, busca um conhecimento pessoal e espiritual que a poluição da cidade não o permite. Chris quer viver, quer se libertar, quer experimentar o mundo, porque acredita que assim é feita a alma de um homem, de novas experiências. Chris, assim como Tolstoy, não acredita na razão e não pretende a redenção, ele quer apenas ser.

Max é uma criança e, assim como todas, é cheio de dúvidas e, principalmente, de perguntas. Max tem problemas comuns; uma mãe separada, que, apesar de seu amor incondicional, não pode dar-lhe a atenção que deseja, muito menos sua irmã adolescente, que pouco quer saber de seus problemas “infantis”. Max quer atenção, quer brincar, se divertir, tudo que toda criança quer. Da solidão vem a imaginação, e, a partir daí, aparecem todas as simbologias de seus medos. Em uma noite de desentendimento com sua mãe, Max vai parar dentro de si, do seu mundo, que na sua cabeça se resume a monstros, monstros esses que bem metaforizam aspectos de sua vida. Max não quer autoconhecimento, e nem poderia, já que não deve nem saber o significado da expressão. Max quer fugir e na terra dos monstros é onde ele quer estar. Mas mesmo que fuja, ele não pode fugir dele mesmo, de suas angústias e dúvidas, porque essas o perseguem, mesmo que em forma de monstros.

A selva de Chris é o mundo dos monstros de Max, é onde ambos desejam estar. A busca pelo norte do estudante é a busca por qualquer lugar seguro para o pequeno Max. Christopher busca experiências; Max, segurança. São objetivos que não podiam ser mais contrastantes, porém, ao mesmo tempo, ambos querem fugir, querem ser livres, seja para brincar seja para viver. Eles dialogam pela busca de seu El Dorado pessoal. Os dois veem na fuga uma forma de lidarem com seus próprios sentimentos e incertezas. Max busca um porto-seguro e, não por acaso, seus monstros amigos dormem em montinhos, como se fossem fortes, como aqueles que tanto gosta de construir; Chris, por sua vez, quer o desconforto, o total desapego às coisas que o confortaram durante toda sua vida, e também, não por acaso, busca a floresta, o desconhecido, que lhe traz instantaneamente a apreensão, o medo daquilo que não se conhece. No entanto, assim como Max, que encontra nos monstros pedaços de sua própria vida (Carol, tem um quê da autoridade de sua mãe, mas também do seu próprio ciúme; KW resume bem um sentimento maternal de proteção e afago e até mesmo um lado fraternal de sua irmã, por costumeiramente abandonar a família e buscar abrigo com seus amigos; e até aquele que nunca é ouvido, representa bem um aspecto da solidão do próprio Max, e assim por diante), Chris encontra ao longo do caminho figuras que inevitavelmente remetem à sua vida, como Jan (interpretada por Catherine Keener), que em certo momento de sua jornada exerce o papel acolhedor de mãe, dando-lhe conselhos e carinho; como o sofrido Ron, que talvez tenha sido seu grande amigo, mas que, em muitos momentos, assume uma figura paterna na preocupação que tem e autoridade que exerce durante o tempo em que convivem. Ou mesmo a adolescente Tracy (papel de Kristen Stewart) que, apesar das investidas românticas, não consegue fazer com que Chris a veja somente como mulher e, no momento em que fica sabendo sua real idade, instintivamente a associa à sua irmã mais nova. Fica claro, portanto, que a fuga de ambos dialoga desde o início, seja se relacionando diretamente seja em uma dicotomia aparente.

É interessante analisar, também, a alcunha que Christopher assume para suas aventuras, Alexander Supertramp, algo muito comum na infância, quando nos damos nomes ou assumimos outra personalidade simplesmente para nos sentirmos menos carne e osso, menos frágeis e mais poderosos. Supertramp é uma maneira que Chris encontrou para, além de esquecer seu passado, enfrentar as diversas dificuldades que a natureza lhe impõe. Já Max não hesita em se autoafirmar rei, quando perguntado. Max vê na suposta ingenuidade de seus monstros, a oportunidade ser mais forte, mais poderoso, e, por conseguinte, mais livre. Chris e Max assumem personagens que os ajudam a combater seus anseios e a lidarem com suas dúvidas, ambos utilizam o poder do novo, do ser desconhecido para se libertarem das amarras que os prendem, sejam pais relapsos sejam medos pueris.

Ambas as obras contam com diretores que não seguem a cartilha do “mainstream”. São pensadores, homens que sabem o que contar e como contar. Tanto a obra de Jonze como de Penn narram jornadas, mas valorizam o personagem. São espécies diferentes de “road-movies”, que buscam desconstruir o ser e usam o caminho como um meio e não um fim para fazê-lo. Têm a exata noção de que o importante não é o caminho e sim quem o caminha. Jonze utiliza a câmera na mão para narrar a trajetória de Max como um retrato real, mas foge da mesmice imediatista, carregando a narrativa de contemplação e metáforas sentimentais. Sempre distante, no entanto, do sentimentalismo barato. Penn adere a travellings e a planos panorâmicos para ressaltar a grandiosidade e imponência da mãe natureza, anunciando os desafios e perigos que Chris enfrentará. Lembrando em muito Homem-urso de Herzog, o ator-diretor e seu fotógrafo utilizam paletas de cores que dão ao filme um ar documental que não poderia ser mais inerente à trama, fazendo, assim, com que mergulhemos ainda mais na história e nos sintamos imersos naquela selvagem natureza.

É peculiar perceber algumas escolhas dos dois cineastas (e que alimentou ainda mais meu desejo de pensá-los uniformemente) como, por exemplo, deixar a cargo de um músico à margem do cinema, e não de um compositor especializado, a trilha sonora de seus filmes. A escolha de Karen O (Onde vivem os monstros) e Eddie Vedder (Na natureza selvagem) não podia ser mais orgânica aos filmes, pois, em ambos os casos, sintetizam de forma brilhante as duas narrativas. Nenhuma palavra traduz melhor o filme de Spike Jonze do que a música “All is Love” ou a linda “Hard Sun” no caso da obra de Sean Penn. Percebe-se, ainda, uma livre utilização do material de fonte (o livro infantil de poucas páginas de Sendak de Onde vivem... E a biografia escrita por Jon Krakauer de Na natureza...) para contar histórias sob seus olhos, sendo fiel ao espírito e aos temas das origens, mas criando um mundo novo a partir das mesmas.

A câmera que sai do trailer de Christopher McCandless rumo aos céus é a mesma que assiste, impassível, a volta para casa de Max em seu barquinho. Sabemos que ali encerra-se uma jornada, mas que tudo que havia para ser vivido, foi. Sabemos que o Max que adentrou aonde vivem os monstros não é mesmo que saiu, muito menos Chris morre como o mesmo que enfrentou a natureza selvagem pela primeira vez. Eles se tornaram heróis e reis durante suas caminhadas, para no fim descobrirem a si mesmos e às suas naturezas, sejam elas selvagens ou monstruosas.


Miguel Moura


* um agradecimento especial à amada Caroline da Matta por sua ajuda.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Amor sem escalas


Jason Reitman tenta de muitas maneiras (através principalmente da montagem e fotografia) imprimir um ar indie ao seu novo filme, mas o rosto de seu protagonista não deixa enganar, trata-se de mais um produto Hollywoodiano. E isso de nenhuma forma diminui o novo filme protagonizado por George Clooney. Up in the air é superior a pelo menos 90% das obras lançadas em 2009 e merece boa parte dos elogios que vem recebendo da imprensa especializada. George Clooney encarna Ryan Bingham com certa dose melancolia e muita sutileza, sendo certeiro por seguir esse caminho, já que seu personagem é um solitário contumaz. O homem que tem como meta de vida atingir um número absurdo de milhas é o centro do roteiro de Sheldon Turner e do diretor Jason Reitman, roteiro esse que, apesar de favorito ao Oscar de roteiro adaptado, é tremendamente irregular, contando com momentos inspirados e outros absurdamente superficiais. A construção do persongem de Clooney é perfeita, seu affair com Vera Farmiga é bem costurado boa parte do tempo, e sua relação mestre-aprendiz com a personagem de Anna Kendrick é sempre interessante. Mas, infelizmente, o roteiro se rende a clichês idiotas como o momento em que Ryan se dá conta de seu "verdadeiro amor" e corre para os braços da amada, contrariando toda a natureza do personagem construída pela narrativa até ali ,ou a "descoberta" de Ryan no ato final da obra, irritante por sua previsibilidade. Mas, no todo, o roteiro tem ótimos momentos, diálogos espirituosos - principalmente nos momentos de demissão ou "novo caminho", como apregoa Bingham. Reitman faz seu melhor trabalho na direção, muito superior a Juno, sendo econômico em suas escolhas, sem invencionices autorais. Amor sem escalas é um bom filme, com ótimo elenco e uma produção caprichada, mas não passa disso.

Miguel Moura


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Notícia do dia: Reboot de Sr. e Sra. Smith


Não tem muito o que falar além do título do post, só o que perguntar: por quê?

A falta de criatividade e a sede por dinheiro não encontra limites em Hollywood. Esse é o jogo.


Miguel Moura




Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: Substitutos


- esse filme é tipo Avatar só que com robô né? Ah ta.




domingo, 7 de fevereiro de 2010

Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Guerra ao terror


Maior candidato a estragar a festa de James Cameron e seus bichos azuis no Oscar, Guerra ao terror é um excelente filme. Não é o melhor filme de guerra de todos os tempos e, provavelmente, nem o definitivo sobre a nova guerra no Iraque, mas, com certeza, tem que figurar em qualquer lista de melhores do ano, como vem acontecendo. Entre os muitos méritos da obra, destacam-se dois: a atuação intensa de Jeremy Renner e a direção certeira de Kathryn Bigelow. Renner é capaz de compor um personagem com as mais variadas nuances. Percebemos que seu Sargento James é um viciado em adrenalina (como diz um soldado à certa altura do filme) e de uma inconsequência suicida, no entanto, concomitantemente a isso, é possível notar sua seriedade e determinação no trabalho, assim como sua sensibilidade no trato com os nativos. Se tem alguém capaz de tirar o Oscar do dude Jeff Bridges, esse alguém é Jeremy Renner. Quanto a Bigelow, é impressionante perceber o amadurecimento dessa cineasta. Depois de seu fraco último longa, K-19, ela demonstra muito talento ao narrar a história do esquadrão antibomba do exército americano. Kathryn é perfeita ao apostar numa abordagem documental em certos momentos, abusando do zoon in e zoom out, da câmera na mão e dos cortes rápidos, imprimindo uma urgência muito interessante e orgânica à narrativa. Nas situações em que opta por outro estilo, é exata no uso comedido e minimalista da câmera lenta.

Portanto, é plenamente justificável o bafafá em torno de The Hurt Locker (algo como o armário da dor, fazendo alusão à roupa utilizada no trabalho do esquadrão antibomba), e recomendável que todos assistam, de preferência no cinema, apesar de já estar há longos meses nas locadoras, devido a uma jogada de marketing pífia dos distribuidores brasileiros.

Miguel Moura


sábado, 6 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vídeo da semana: From Paris with love


Esse post é dedicado àqueles que, como eu, sentem falta do bom cinema de ação. Os anos 80 se passaram e com ele ficaram boa parte dos melhores filmes do gênero. Hoje, tudo que se encontram são fitas super-estilizadas, que abusam dos efeitos especiais e que ,normalmente, são originárias de outras fontes, especialmente os quadrinhos. Aquele bom filme politicamente incorreto, violento e recheado de efeitos práticos ficou para trás. Luc Besson é um homem dos anos 80, seu filme mais badalado até hoje é dessa década - Nikita - e ele mesmo é o homem responsável pelas obras que mais resgatam aquele espírito perdido. Carga explosiva, Beijo do Dragão e Busca Explosiva, são todos filme que, se não são geniais, têm o mérito de exalar a incorreção antes tão comum. Em 2010, lança ao lado do diretor Pierre Morel (de Busca Explosiva) From Paris with love (que aqui, pelo que parece, recebeu o terrível nome de "Dupla explosiva") um filme que pelo seu trailer pode-se perceber traços dos filmes de outrora e a presença de um Travolta energético, nos melhores moldes Máquina Mortífera e Duro de matar. Veremos.







Quote do dia: O Lutador


Mickey Rourke não ganhou o Oscar 2009, mas se tivesse, não teria sido de forma alguma injusto. Sua atuação como Randy "the Ram" Robinson é antológica. Seu lutador em decadência é ao mesmo tempo a síntese de sua carreira e sua redenção. Poucos atores são capazes de demonstrar tanta emoção com tão pouco. Rourke não precisa de palavras, apenas de um olhar para transmitir toda dor e frustração daquele homem destruído pelo tempo. E em um dos melhores diálogos do filme, "the ram" resume para sua filha, em poucas palavras, sua natureza.

"I'm an old, broken down, piece of meat... And I'm alone"


Vídeo do diálogo interpretado por Mickey Rourke e Evan Rachel Wood:




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quote do dia: Na natureza selvagem


Um dos melhores filmes dessa década que termina e um dos personagens mais fascinantes do cinema e da vida real - Christopher McCandless. Em um diálogo com um de seus amigos construídos ao longo de sua jornada, Ronald Franz, Chris resume em poucas palavras e em uma frase sua inquietação e descontentamento com os rumos da sociedade em que vive.


"Mr. Franz, I think careers are a 20th century invention and I don't want one"


A seguir, um vídeo com algumas imagens do filme e a música Society, interpretada por Eddie Vedder, autor da inesquecível trilha sonora da obra.







terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Filmes que podem ser definidos com apenas uma frase: Ninja Assassino


- prefiro o ninja Jiraya!



Nota do blogueiro: nova série de posts inspirados pela falta de palavras para definir filmes como o citado acima.



Tweets que ultrapassam 140 caracteres: indicações ao Oscar


Rapidamente: saíram as indicações ao Oscar. Nenhuma grande novidade, a não ser a esquisitice anunciada de indicar 10 filmes à categoria de melhor filme, o que força a academia a indicar filmes apenas medianos, como Distrito 9 . Mas, em um segundo momento, não há muita diferença, já que o maior ganhador do ano passado foi o fraco Quero ser milionário.
Nas categorias restantes, pequenas surpresas, se é que podem ser chamadas assim, como a não inclusão de Mélanie Laurent de Bastardos Inglórios na categoria de atriz coadjuvante.
Fico na reclamação, é claro, pela inclusão da nossa amiga Sandra Bullock - provável ganhadora - e da falta de inúmeros filmes na imensa lista de melhor filme. Para citar, fico com dois: Onde Vivem os Monstros (nenhuma indicação???) e Star Trek, anos luz melhor filme e melhor ficção que o superestimado Distrito 9.
De resto, é comemorar a vitória certa do "dude" Jeff Bridges e fazer uma mandinga séria para Bullock não levar. Sou Meryl Streep desde pequeno.

Miguel Moura


Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Gran Torino


Não consigo entender como críticos renomados e interessantes conseguem enxergar uma obra-prima no penúltimo filme de Clint Eastwood. Em tempos de prêmios, há quem reclame a não inclusão da obra e incense-a como a melhor de 2009. Meu Deus, eu vi outro filme. Pois o filme que eu vi tem Eastwood numa performance caricatural, por vezes até engraçada, é verdade, mas que ruma para o ridículo conforme o desenrolar da trama; tem os piores atores coadjuvantes que eu tive o desprazer de acompanhar no cinema - o que dizer do Padre Janovich? - ou, principalmente, da dupla oriental, com destaque negativo para o intérprete de Thao, beirando o amadorismo; tem o relacionamento motriz da obra altamente superficial - Walt e Thao se tornam melhores amigos quase que da noite para o dia - e tem, principalmente, um final de levantar da cadeira e sair irritado do cinema. A escolha de Eastwood por finalizar a fita com um ato de heroísmo e sacrifício descabido e tolo é revoltante, e não só enfraquece o filme como o torna moralmente complicado, para dizer pouco. Piegas, mal-atuado, maniqueísta e chato. Como é que alguém ainda vê qualidades suficientes para alçá-lo à condição de integrar qualquer lista de melhores que seja?

Resposta? Não sei.

Miguel Moura


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Notícia do dia: prequel da franquia Bourne


Depois de um excelente terceiro filme que coroou a trilogia, o diretor Paul Greengrass abandonou a franquia Bourne em busca de novos desafios e, junto com ele, foi seu protagonista Matt Damon. Com isso, a Universal - estúdio responsável pela série - resolveu entrar na moda do prequel (uma espécie de pré-sequência que tem seus acontecimentos passados antes dos filmes anteriores) e pensa em uma aventura com novo diretor e um novo ator.

Opinião: com a saída de seus dois alicerces da produção, os executivos da Universal têm apenas duas opções para não perder sua mina de ouro: um reboot ou uma pré-sequência. Em ambos os casos, não há nenhuma continuidade com a série ou respeito ao livros de Robert Ludlum, são apenas meios para se fazer dinheiro o mais rápido possível, aproveitando enquanto a série ainda está fresca na memória dos consumidores. Uma pena, já que a trilogia Bourne se consolidou com uma das séries de espionagem mais respeitadas do cinema, influenciando, inclusive, um primo mais velho e famoso - James Bond.

Miguel Moura