quarta-feira, 3 de março de 2010

Tweets que ultrapassam 140 caracteres: Fim da Escuridão


Mel é o Mel. Eu sou fã incondicional e quando assim se é, fica difícil ser imparcial. Não que essa seja a intenção, pois não é. Sou capaz, por exemplo, de perceber seus exageros e sua afeição pelo chamado overacting em alguns momentos, mas sou incapaz de não apreciá-los. Dito isso, devo dizer que a persona vingativa encarnada por Mel em tantas obras ao longo dos anos 80 e 90 está de volta. Tom Craven nada mais é do que uma versão envelhecida, de cabelos brancos, do Max ou de Martin Riggs - personagens que definiram a carreira do americano/australiano. A obra não é perfeita, Martin Campbell aposta mais na falação do que na ação em , o que não é de todo ruim se a trama fosse melhor trabalhada ou mesmo mais envolvente. O poder da fita reside na atuação de seu protagonista, um personagem interessante que cresce devido ao carisma de Gibson. As poucas cenas de ação são bem trabalhadas - marcas de seu diretor - e a atmosfera e ritmos impostos são orgânicos à narrativa. O que realmente incomoda são os ares sobrenaturais que nadam acrescentam à historia e só enfraquecem o drama de Craven.

Miguel Moura


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